O início da semana no mercado financeiro brasileiro

O início da semana no mercado financeiro brasileiro foi marcado por volatilidade e cautela, refletindo tanto fatores internos quanto externos. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, abriu a segunda-feira (17) em leve baixa de 0,18%, atingindo 157.455,02 pontos. Em contrapartida, o dólar registrou valorização de 0,26%, sendo negociado a R$ 5,31 por volta das 11h34, horário de Brasília, evidenciando o clima de incerteza que permeia os investidores.

O movimento de alta do dólar está diretamente ligado à expectativa em torno do relatório de emprego dos Estados Unidos. O mercado global acompanha de perto os dados do mercado de trabalho norte-americano, que influenciam as decisões do Federal Reserve sobre política monetária. Em agosto, a criação de apenas 22 mil vagas não agrícolas, o aumento da taxa de desemprego para 4,3% e o avanço do salário médio por hora em 0,27% no mês (acumulando 3,69% em 12 meses) reforçaram a percepção de desaceleração econômica, o que pode impactar o fluxo de capitais para mercados emergentes como o Brasil.

Desempenho dos FIIs e criptomoedas

Enquanto isso, Índice de Fundos Imobiliários (IFIX), índice que reúne os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs), apresentou alta de 0,66%, alcançando 3.619,10 pontos. O desempenho positivo dos FIIs contrasta com o recuo das principais criptomoedas: Bitcoin e Ethereum caíam 1,12% e 0,90%, respectivamente, refletindo o ambiente de maior aversão ao risco global.

Cenário internacional e indicadores econômicos

No cenário internacional, os índices de ações dos Estados Unidos mostravam sinais mistos. O Dow Jones recuava 0,42%, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq registravam leves altas de 0,13% e 0,12%, respectivamente. Esse comportamento ressalta a cautela dos investidores diante da divulgação de novos indicadores econômicos norte-americanos, como o relatório de gastos com construção de agosto.

No Brasil, o Boletim Focus ganhou destaque ao indicar que a inflação projetada para 2025 caiu para um patamar inferior ao limite da meta, após o IPCA de outubro surpreender positivamente na semana anterior. Esse alívio nas expectativas inflacionárias pode abrir espaço para ajustes na política monetária ao longo do próximo ano. Por outro lado, o IBC-Br, considerado uma prévia do PIB, registrou queda de 0,24% em setembro frente a agosto, após ter avançado 0,4% no mês anterior, sinalizando uma possível desaceleração da atividade econômica.

Destaques do Ibovespa

Entre as ações que mais se destacaram no Ibovespa, HAPV3 liderou as altas com valorização de 4,72%, seguida por MBRF3 (+2,83%), TAEE11 (+2,39%), CMIG4 (+1,87%) e CVCB3 (+1,66%). Já entre as maiores quedas, RAIL3 despencou 6,54%, acompanhada por RAIZ4 (-4,60%), VAMO3 (-4,27%), MGLU3 (-3,44%) e CSAN3 (-2,42%). Esses movimentos refletem tanto fatores setoriais quanto o humor do mercado diante das incertezas macroeconômicas.

Acompanhamento em tempo real

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