Itaú, Vale e Weg lideram pagamentos bilionários em estratégia fiscal para investidores
O cenário corporativo brasileiro vive uma verdadeira corrida contra o tempo diante da iminente taxação de dividendos, prevista para entrar em vigor em 2026.
Empresas de peso, como Vale, Itaú e Weg, já começaram a antecipar pagamentos bilionários de proventos, numa estratégia clara para driblar o novo imposto e maximizar o retorno aos acionistas. O movimento, que ganhou força nesta semana, evidencia como o ambiente regulatório pode influenciar decisões estratégicas e impactar diretamente o bolso do investidor.
Antecipação de dividendos: estratégia para escapar da tributação
Apenas nos últimos dias, 11 companhias listadas na B3 anunciaram a distribuição de dividendos e Juros sobre Capital Próprio (JCP), com destaque para três gigantes do mercado. O Itaú lidera a lista, destinando impressionantes R$ 23,4 bilhões aos seus acionistas, seguido pela Vale, que distribuirá R$ 15,3 bilhões, e pela Weg, com R$ 1,9 bilhão em proventos já confirmados e uma sinalização de mais R$ 5,2 bilhões nos próximos três anos. O recado é claro: as empresas estão se antecipando para garantir maior eficiência fiscal antes da nova regra.
Destaques da semana: Itaú, Vale, Weg e surpresas no setor imobiliário
O Itaú (ITUB4) surpreendeu o mercado ao anunciar o maior provento da semana, com pagamentos que chegam a R$ 2,23 por ação, a serem realizados entre dezembro de 2025 e abril de 2026. Já a Vale (VALE3) não ficou atrás, prometendo R$ 3,58 por ação, com desembolsos programados para janeiro e março de 2026. A Weg (WEGE3) , por sua vez, além dos quase R$ 1,9 bilhão em proventos imediatos, propôs uma distribuição adicional de R$ 5,2 bilhões em três parcelas anuais, sujeita à aprovação dos acionistas.
No setor imobiliário, a São Carlos (SCAR3) , controlada por nomes de peso como Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, chamou atenção ao aprovar dividendos de R$ 7,10 por ação, atingindo um dividend yield de 29%. Outras empresas, como Fleury, Tegma, BMG, Cury, Metisa, Camil e Conservas Oderich, também anteciparam pagamentos, reforçando a tendência de proteção contra a tributação iminente.
Pagamentos programados e movimentações estratégicas
Além dos anúncios de proventos, três empresas definiram datas para pagamentos já aprovados anteriormente. Telefônica Brasil, Coelba e Eucatex vão liberar recursos significativos aos acionistas nas próximas semanas, consolidando o mês como um dos mais aquecidos do ano para quem busca renda passiva.
O ambiente de antecipação não se limita aos dividendos. A Auren (AURE3) lançou um novo programa de recompra de ações, enquanto a Axia (AXIA3) propôs a capitalização de reservas de lucros via emissão de novas ações, medida que pode liberar até R$ 39,9 bilhões para os acionistas, caso aprovada em assembleia.
Análise: impacto para investidores e tendências para 2024
A antecipação dos proventos revela uma postura proativa das companhias diante das mudanças fiscais, beneficiando especialmente os investidores atentos ao calendário de pagamentos e à composição de suas carteiras. Para quem busca oportunidades, o momento é de avaliar não apenas o valor dos dividendos, mas também a sustentabilidade dessas distribuições no longo prazo, considerando o novo cenário tributário.
Ferramentas como o Calendário de Proventos da AUVP Analítica tornam-se essenciais para acompanhar datas, valores e estratégias das empresas, permitindo ao investidor planejar melhor sua renda e tomar decisões mais informadas diante de um mercado em rápida transformação.