Reviravolta na liderança do BRB (BSLI4) em meio a investigações

O BRB (BSLI4) passa por mais uma reviravolta em sua liderança, em meio à turbulência causada por investigações sobre a negociação de títulos de crédito falsos. A recente operação da Polícia Federal resultou no afastamento judicial do presidente e do diretor financeiro do banco, além da prisão de sócios e diretores do Banco Master, instituição envolvida no escândalo.

Diante desse cenário, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, optou por uma mudança definitiva no comando do BRB. Inicialmente, havia anunciado Celso Eloi de Souza Cavalhero para a presidência, mas, em uma reavaliação estratégica, apresentou Nelson Antônio de Souza como novo líder do banco. Nelson Souza traz consigo uma bagagem robusta: foi presidente da Caixa Econômica Federal em 2018, do Banco do Nordeste (BNBR3) em 2014 e, mais recentemente, atuava como vice-presidente da Elo. Sua indicação reflete a busca por um perfil técnico e experiente, com mais de 45 anos de atuação no setor financeiro e bancário.

O Conselho de Administração do BRB aprovou, na última quarta-feira (19), a destituição dos executivos afastados pela justiça e a indicação de Nelson Souza para a presidência e para a diretoria executiva de Finanças, Controladoria e Relações com Investidores. O executivo também foi nomeado membro do Conselho de Administração, mas sua posse ainda depende da aprovação da Câmara Legislativa do Distrito Federal. Até lá, a diretora Executiva de Gestão de Pessoas, Cristiane Maria Lima Bukowitz, assume interinamente o comando do banco.

Além das mudanças na liderança, o BRB será submetido a uma auditoria externa especializada, aprovada pelo Conselho de Administração, para apurar os fatos investigados na Operação Compliance Zero da Polícia Federal. As investigações apontam que o Banco Master teria criado carteiras de crédito falsas, vendidas a outras instituições financeiras, com o BRB injetando cerca de R$ 12,2 bilhões nessas operações suspeitas. Em março deste ano, o BRB tentou adquirir ativos do Master, mas a transação foi barrada pelo Banco Central, que posteriormente decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master diante de dúvidas sobre sua saúde financeira.

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