A Rede Energia Participações é uma companhia que controlava nove distribuidoras de energia localizadas em diversas regiões do Brasil.
Sendo que a empresa teve como um dos principais acionistas o BNDESpar. A companhia atuava nas áreas de geração, distribuição e comercialização de energia elétrica.

Essas atividades eram exercidas através das controladas:
Centrais Elétricas do Pará (Celpa): É a antiga distribuidora de energia do estado do Pará.
Centrais Elétricas Matogrossenses (Cemat): É a antiga distribuidora de energia do estado do Mato Grosso.
Caiuá Distribuidora de Energia: Distribuia energia no estado de São Paulo.
Empresa de Distribuição de Energia Vale Paranapanema (EEVP): Antiga distribuidora de energia do estado de São Paulo.
Companhia Força e Luz do Oeste: Distribuia energia no estado de São Paulo.
Companhia Nacional de Energia Elétrica: Fazia a distribuição de energia no estado de São Paulo.
Empresa Elétrica Bragantina: Antiga distribuidora de energia do estado de São Paulo.
Companhia de Energia Elétrica do Estado do Tocantins (Celtins): É a antiga distribuidora de energia do estado do Tocantins.
Empresa Energética de Mato Grosso do Sul (Enersul): Era a distribuidora de energia do Mato Grosso do Sul.
Em 2014, o Grupo Energisa assumiu o controle de 8 das 9 empresas distribuidoras do Grupo Rede que estavam sob intervenção da Aneel. Basicamente, a Rede Energia estava em recuperação judicial desde 2012 e atualmente pertence à Energisa.
Sendo que a Rede Energia conta com 2.034 mil km² de extensão da área de concessão, o número de consumidores é de 7,9 milhões e ela atende a cerca de 20 milhões de pessoas.

A Rede Energia foi fundada em 1903 e nos anos 90 ela se dedicou a expandir os negócios. Nessa época, a empresa tinha Jorge Queiroz no controle e comprou três empresas distribuidoras de energia em leilões de privatização.
Os recursos para essas compras vieram de empréstimos com o BNDES. Sendo que a empresa pegou vários empréstimos para investir em seu crescimento, com o intuito de que ao gerar lucros, ela pudesse pagá-los.
O problema é que o faturamento da empresa não cresceu no mesmo ritmo da dívida. Para você ter uma ideia, as dívidas da empresa estavam em 6 bilhões de reais, enquanto o seu faturamento mal chegava a 1 bilhão.
Ao perceber a situação difícil da empresa, Jorge fugiu para a Europa e deixou para trás a dívida bilionária. É claro que isso gerou uma grande polêmica na época. Afinal de contas, o seu paradeiro era desconhecido e o futuro da empresa era incerto.

Nesse cenário, a Aneel entrou em cena, interditou o grupo e o colocou em processo de recuperação judicial, quando tiveram início as propostas de compra pelas empresas.
Existiam duas propostas, a primeira era a do Grupo Equatorial mais a CPFL, que assumiria somente 15% da dívida bilionária. A outra proposta era do grupo Energisa, que estava disposto a assumir até 40% da dívida.
O resultado foi que em 2014 o grupo Energisa comprou 8 das 9 empresas da Rede Energia e prometeu investir mais de 3,2 bilhões. O grupo Equatorial ficou com a outra empresa.