Rússia avança no ranking global impulsionada pela valorização do rublo e cenário internacional favorável
O Brasil está prestes a deixar o seleto grupo das dez maiores economias do mundo em 2025, segundo projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) analisadas pela Austin Rating.
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, atualmente avaliado em US$ 2,2 trilhões, será ultrapassado pela Rússia, que avança no ranking global graças à valorização expressiva do rublo e a uma conjuntura internacional favorável ao país euroasiático.
Contexto global e o avanço russo
Diferentemente do que muitos poderiam supor, a saída do Brasil do top 10 não decorre de uma estagnação econômica local. O crescimento brasileiro segue em ritmo positivo, mas o desempenho russo surpreendeu o mercado. A moeda russa já se valorizou mais de 39% no ano, impulsionada por controles de capitais, juros elevados, expectativas de fim do conflito com a Ucrânia e, sobretudo, pelo enfraquecimento do dólar no cenário internacional.
Esse movimento permitiu à Rússia saltar da 11ª para a 9ª posição entre as maiores economias do mundo, superando Canadá e Brasil. O Canadá, por sua vez, deve cair para o 10º lugar, enquanto o Brasil passará a ocupar a 11ª colocação.
Impacto para o Brasil e análise do PIB
Apesar da mudança no ranking, o desempenho do PIB brasileiro permanece sólido. No terceiro trimestre de 2025, o país registrou crescimento de 0,1%, resultado que, embora modesto, mantém a economia em trajetória positiva após três anos de expansão acima de 3%. O ritmo mais lento é atribuído, principalmente, ao impacto dos juros elevados, que pressionam o consumo e os investimentos.
Segundo a Austin Rating, o Brasil ficou na 34ª posição entre os países que mais cresceram no período, mas a expectativa é de um crescimento superior a 2% no acumulado do ano. Para os analistas, trata-se de um resultado ainda robusto, considerando o contexto global desafiador.
Perspectivas e tendências para investidores
A reconfiguração do ranking global das economias reflete não apenas fatores internos, mas também dinâmicas cambiais e geopolíticas. Para investidores atentos ao cenário macroeconômico, compreender essas movimentações é fundamental para identificar oportunidades e riscos em mercados emergentes.
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