A Klabin atua na produção e exportação de papéis e celulose, oferecendo produtos que englobam toda a cadeia produtiva, da extração até o produto final. 

A empresa conta com 24 fábricas no Brasil e uma na Argentina, onde produz e comercializa dezenas de produtos, tais como embalagens de papelão ondulado, celulose, sacos industriais e papéis e cartões para embalagens.

Além do produto final, a Klabin também comercializa madeira em toras, já que é proprietária das florestas onde o plantio é feito. 

A Klabin é uma empresa secular, fundada em 1899, que ao longo de sua história, diversificou no oferecimento de produtos pioneiros. Atualmente, a atuação da empresa é dividida em 4 segmentos principais, os quais se subdividem consecutivamente. São eles:

• Florestal;
• Celulose;
• Papéis;
• Embalagens.

Confira, a seguir, um pouco sobre cada uma desses segmentos principais:

Florestal

Um dos principais produtos da Klabin é a celulose e a comercialização de madeira em toras. A companhia comercializa madeira em toras para a grande indústria de serralheria, moveleira, laminadoras e para a construção civil, além de operar em peso no ramo de celulose.

Para as empresas do ramo de papeis, a responsabilidade ambiental é um compromisso de extrema relevância e, no caso da Klabin, não é diferente.

Por isso, a companhia leva a sério o compromisso ambiental e os impactos da sua atuação no meio-ambiente. Para você ter uma ideia, a empresa é dona de 557 mil hectares de floresta. 

Para amenizar os impactos ambientais da sua atuação, ela usa técnicas de manejo florestal por meio do plantio em mosaico, que mescla áreas preservadas com o novo plantio.

Outro dado importante que reflete a responsabilidade por trás das operações da Klabin é sobre os recursos hídricos. No total, 100% dos efluentes industriais são tratados pela empresa, antes de retornar aos corpos hídricos.

Celulose e produtos derivados

Além de ser a maior no ramo de celulose, a Klabin é a única a fornecer três tipos do composto no mercado brasileiro, os quais são: 

• Fibra fina (eucalipto);
• Celulose fibra longa (pínus);
• Celulose Fluff.

As fibras são comercializadas em dois tipos principais: a celulose branqueada e a celulose integrada. Sendo que, por meio da extração e comercialização da commoditie, a Klabin atua nos mercados sanitários, descartáveis, embalagens, papéis de impressão, escrita e outros setores.

Papéis

Desde sua fundação, a principal atuação da Klabin é no mercado de papéis. Inclusive, no Brasil, ela é a maior no segmento, sendo também uma das maiores empresas do mundo a atuar neste mercado.

Um dos seus principais produtos são os papéis, que correspondem a mais da metade do faturamento da empresa. Este produto tão fundamental é comercializado pela companhia  e se dividem em 3 tipos principais, São eles:

• Papel cartão
• Kraftliner 
• Embalagens (que englobam os sacos industriais e caixas de papelão)

Papel cartão

O papel cartão é conhecido por ser o substituto do plástico no mercado. Com a crescente preocupação dos impactos do plástico no meio ambiente, o cartão vem sendo usado amplamente em todo o mundo e a expectativa é que o seu uso continue a crescer.

Kraftliner

Com o crescimento do e-commerce, os mercados inteligentes e tecnológicos vêm se estabelecendo como uma forte tendência de consumo, o que significa que a maneira de consumir mudou.

Nesse sentido, a Klabin – através do Kraftliner – vem acompanhando o desenvolvimento do cenário com produtos, como caixas para envio, entre outros usos. O segmento Kraftilner da companhia é composto por materiais provenientes de um mix de fibras virgens de pinus e eucalipto.

A ampla utilização do papel fornece um futuro promissor para a companhia, pois oferece diversas formas de produção, como embalagens, estruturas de papelão, e tantas outras formas maneiras. 

Embalagens

Por fim, além das duas áreas citadas anteriormente, a Klabin vem se estabelecendo de maneira crescente no mercado de embalagens. Esta consolidação é realizada através de dois segmentos: o de papel ondulado e o de sacos industriais.

A história da Klabin teve início com a chegada de Maurício Freeman Klabin ao Brasil. O imigrante da Lituânia chegou em Santos (SP), em 1889, e começou na carreira como comerciante de cigarros para albergues.

Maurício importava papel e tabaco para sua fabricação e, por isso, aprendeu um pouco mais sobre o ramo do papel e celulose no Brasil. No ano seguinte, ele começou a trabalhar em uma gráfica que, posteriormente, se tornou a Kablin.

A Klabin Irmãos e Cia. foi fundada em 1899 por Maurício Klabin, seus irmãos Salomão Klabin e Hessel Klabin, além de seu primo Miguel Lafer.

O processo de expansão da empresa teve início na era Vargas. A política econômica e estrutural começou com o investimento nas indústrias de base, como forma de fortalecer o mercado nacional e suprir a crescente demanda.

Nesse sentido, a então Klabin Irmãos & Cia, deu início ao processo de expansão comprando a primeira instalação de grande porte da empresa.

A chamada Fazenda Monte Alegre, no Paraná, foi a primeira fábrica integrada brasileira no ramo de papel e celulose. A partir disso, foi criada a Indústria Klabin do Paraná.

Durante o governo de Juscelino Kubistchek, de 1955 a 1960, o crescimento urbano se iniciou no país, sendo a construção de Brasília um ótimo exemplo. Com isso, a demanda nacional por papel aumentou conforme o crescimento dos grandes centros.

Pensando neste crescimento, a Klabin começou a diversificar a produção de papelão ondulado, fios sintéticos e de fósforos promocionais. Na época, o sucesso foi tamanho que a companhia abriu a unidade Del Castillo, na cidade do Rio de Janeiro, em 1955, focada na produção de papelão ondulado.

Entre as décadas de 60 e 70, o crescimento urbano tomou novas proporções. A partir disso, a demanda pelo papel impresso passou a ser cada vez maior. Assim, a Klabin aproveitou a oportunidade com a implementação de duas novas grandes máquinas, com mais de 6 metros cada uma.

No ramo de papel jornal, a companhia criou a Papel e Celulose Catarinense Ltda – PCC. Alguns anos depois, em 1974, ela entrou no mercado de papéis descartáveis através da aquisição da ONIBLA S.A em 1979. Em seguida, a Klabin abriu seu capital na Bolsa de Valores.

Apesar da crescente otimista, a década de 80 afetou o mercado brasileiro como um todo. Por conta da inflação em alta e a desvalorização da moeda, a empresa sofreu com o período, uma vez que a celulose ainda ocupava grande parte de sua receita.

Voltada para o mercado externo, a empresa fez grandes aquisições, entrando no mercado de fitoterapia através de produtos florestais não madeireiros.

Além da diversificação, durante o período, a empresa abriu mão da sua fábrica de cerâmica, em 1984, ao focar, de forma mais empenhada, no mercado de papéis que havia se expandindo.

Após alguns anos de estagnação, com a virada da década, a Klabin voltou a apresentar crescimento. Com a política comercial voltada para o exterior, ela, em 1993, cresceu junto com a economia brasileira.

Apesar do período promissor, em consequência de desdobramentos econômicos, houve um aumento nas reservas de celulose, na qual a companhia é pioneira. O crescimento das reservas precificou para baixo a celulose. Para resolver esse problema, a empresa começou no mercado de papel Kraft.

Com a virada do milênio, a Klabin deu um novo salto em sua estrutura organizacional. No ano 2000, foi criada a Klabin S.A e, no ano seguinte, a empresa se retirou do ramo de papel jornal, passando a focar no segmento de embalagens. 

A empresa se tornou, então, um dos seis maiores produtores de cartões e fibras virgens do mundo, através do projeto de expansão MA – 100 na unidade de Monte Alegre (PA).

Portanto, a Klabin que hoje conhecemos começou a incrementar a capacidade produtiva de papelão ondulado em Goiana (PE) e, em 2016, inaugurou a unidade Puma, em Rio Negro (PA).

Com isso, a capacidade de produção foi acrescida em 1,5 milhão de toneladas de celulose. De lá pra cá, a empresa apresentou crescimento estável, característica de negócios bem consolidados.